Como professor e entusiasta da inclusão por meio da tecnologia, tive a alegria de desenvolver e executar um dos projetos mais marcantes da minha trajetória educacional: a Oficina de Programação na APAE. 🌟
Realizado nos anos que antecederam o período da pandemia, o projeto teve como propósito aproximar jovens com Síndrome de Down do universo da lógica de programação e da resolução de problemas, promovendo autonomia, raciocínio e inclusão digital.
Durante as oficinas, utilizamos o ambiente “A Hora do Código”, uma plataforma lúdica e intuitiva que permite aos participantes aprenderem conceitos de programação por meio de desafios visuais, animações e jogos interativos. A metodologia foi cuidadosamente adaptada às necessidades de cada aluno, respeitando o ritmo individual de aprendizado e celebrando cada conquista alcançada.
A parceria com a APAE foi fundamental para o sucesso da iniciativa. MInistramos a oficina inicialmente em parceria coma a APAE de Itaquaquecetuba e posteriormente com a APAE de Mogi das Cruzes.
O projeto envolveu não apenas o ensino da lógica computacional, mas também o fortalecimento da autoestima, da comunicação e da colaboração em grupo. Cada atividade representava um passo concreto na formação de competências cognitivas e socioemocionais, mostrando que a tecnologia pode — e deve — ser uma ferramenta de inclusão e empoderamento social.


Programação como estímulo cognitivo e terapêutico
A prática da programação se mostrou uma poderosa aliada no tratamento e na estimulação neurológica de pessoas com Síndrome de Down. Ao trabalhar com comandos lógicos, sequências e padrões visuais, os alunos desenvolvem importantes habilidades cognitivas, como atenção, memória de curto prazo, coordenação motora fina e pensamento estruturado.
Além do aspecto técnico, a programação estimula também a autoconfiança e o senso de conquista. Cada código executado corretamente, cada personagem que se move na tela, representa uma vitória pessoal — um avanço que reforça a autoestima e a percepção de capacidade. Esse tipo de estímulo é essencial para o desenvolvimento emocional e social dos participantes, fortalecendo a autonomia e o desejo de aprender continuamente.
As dinâmicas de grupo também contribuíram para o aprimoramento da comunicação, cooperação e empatia, já que muitos desafios foram realizados de forma colaborativa. Dessa maneira, o projeto uniu inclusão social e aprendizado tecnológico, mostrando que a programação pode ser um instrumento de terapia, integração e cidadania.
📺 Reconhecimento e impacto social
Diante da relevância da iniciativa e dos resultados alcançados, a TV Globo Mogi das Cruzes realizou a cobertura completa de um dos encontros, destacando o impacto do projeto e a emoção dos participantes. A reportagem evidenciou não apenas o aprendizado técnico, mas principalmente a alegria, o engajamento e o brilho no olhar de cada aluno durante as atividades.
❤️ Um legado de empatia e transformação
Essa experiência reafirmou a importância da educação acessível, sensível e transformadora, demonstrando que a programação pode — e deve — ser ensinada de forma inclusiva, humana e divertida, quando conduzida com empatia, paciência e propósito.
Mais do que ensinar código, o projeto ensinou conexões humanas. Mostrou que a verdadeira tecnologia está em servir às pessoas, promovendo inclusão, dignidade e esperança através do conhecimento. 💙💻