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Mindset-Agil

O processo de implantação do mindset ágil MQuickly na Mestres da Web representou uma verdadeira transformação cultural e operacional dentro da empresa. A jornada começou com uma análise comportamental detalhada da equipe, buscando compreender o perfil de cada colaborador, suas motivações, pontos fortes e oportunidades de desenvolvimento. Essa etapa foi essencial para alinhar expectativas e preparar o time para uma mudança baseada em colaboração, autonomia e responsabilidade compartilhada. Em paralelo, foi conduzida a estruturação de um novo modelo de contrato, que passou a refletir a mentalidade ágil — substituindo cláusulas rígidas por acordos de valor, metas incrementais e entregas contínuas. A formalização jurídica foi adaptada para permitir revisões periódicas, reconhecendo o caráter iterativo e evolutivo dos projetos de tecnologia.

Na sequência, foi realizada a definição da ferramenta de acompanhamento de projetos, e não apenas de atividades. Após uma análise comparativa entre plataformas como Jira, Trello e Monday, optou-se pela adoção do Asana, em razão de sua flexibilidade, interface intuitiva e capacidade de integração com ferramentas já utilizadas pela empresa (como Slack, GitHub e Google Workspace). O Asana foi configurado como um hub central de gestão, permitindo criar portfólios estratégicos, acompanhar metas trimestrais (OKRs), e visualizar o progresso de cada sprint de maneira macro. A funcionalidade de timeline (cronogramas visuais) facilitou o controle de dependências entre tarefas e a previsão de gargalos, enquanto os painéis customizados ofereceram métricas de desempenho, workload e visibilidade para gestores e Product Owners. Essa adoção marcou uma mudança estrutural — deixou-se de controlar “atividades soltas” e passou-se a gerenciar projetos de valor contínuo, sustentados por objetivos claros e métricas de entrega.

Com a ferramenta definida, iniciou-se a fase de configuração e gestão dos projetos, com foco especial em contratos e atividades vinculadas. Cada projeto passou a ser estruturado dentro do Asana com um template padrão, que incluía seções específicas para backlog, contratos ativos, entregas em andamento e pendências de homologação. A timeline de utilização foi definida para diferenciar os fluxos de novos desenvolvimentos e correção de bugs, garantindo cadência, previsibilidade e rastreabilidade. Para consolidar a cultura visual do fluxo de trabalho, foi implantado o Kanban, inspirado diretamente nas práticas de David Anderson, o criador do método. O quadro foi desenhado de forma colaborativa, mapeando o fluxo de valor desde o backlog até a entrega ao cliente. A equipe recebeu treinamento sobre limites de WIP (Work in Progress), métricas de lead time e cycle time, além de técnicas de cadência de fluxo, que permitiram eliminar gargalos e reduzir o tempo médio de entrega em cerca de 35%.

A maturidade operacional também foi estendida à equipe de qualidade (QA), que passou por um processo de reestruturação baseado nos critérios da certificação ISO/IEC 25010, norma internacional que define padrões de qualidade de software. A partir dessa certificação, os bugs passaram a ser categorizados segundo criticidade (baixa, média, alta e crítica), impacto e prioridade de correção, seguindo um protocolo padronizado. Isso possibilitou não apenas maior rastreabilidade dos erros, mas também a criação de relatórios analíticos que auxiliam na melhoria contínua do processo de desenvolvimento. A equipe de QA adotou testes automatizados e revisões cruzadas (peer review), elevando significativamente o nível de confiabilidade das entregas.

Por fim, foi estabelecida a trilha de trabalho dos Product Owners e Designers, com papéis bem definidos em relação à priorização do backlog, mapeamento de jornadas do usuário e validação de protótipos. A equipe de design assumiu um papel estratégico na tradução de requisitos técnicos em experiências intuitivas, reforçando a integração com o time de desenvolvimento. Paralelamente, foi criado um programa interno de treinamento e capacitação, com módulos sobre práticas ágeis, gestão visual, métricas de fluxo e liderança servidora. Após seis meses de aplicação do MQuickly, a Mestres da Web alcançou maturidade de processo nível 3, caracterizada por padronização, previsibilidade e aprendizado contínuo.

Essa jornada consolidou o MQuickly não apenas como um método, mas como um novo modo de pensar e agir, orientado a resultados, colaboração e melhoria constante — transformando a Mestres da Web em um verdadeiro ecossistema ágil de inovação. ✨